quarta-feira, 18 de julho de 2007

Um soco na letargia


Em um passado recente presenciamos na política um dos maiores escândalos de todos os tempos, o “mensalão” (termo usado pelos jornalistas assim que souberam da notícia que viria a abalar as estruturas do governo). Enganou-se quem pensou que o Lula cairia. Está certo que muitos caíram. Saíram com eles ou eles pediram para sair? Com o passar do tempo esses mesmos políticos que saíram do governo, voltarão e conseguirão se reeleger novamente. Com isso, aconteceram vários fatos: Referendo, deslocamento do Rio São Francisco, o futebol, que exibido sempre as quartas e domingo teve a sua parcela de desvio de atenção: o famoso pão e circo.
O brasileiro, apaixonado por futebol sentiu-se traído pela máfia do apito, que se fosse em tempos de calmaria, na política, não estourava na mídia, não era viável para os homens de preto. Mas, como era em tempos de crise que assustava o alto escalão do governo, a máfia do apito serviu como um prato cheio para desviar a atenção da CPI.
De lá para cá, explodiram varias CPI’s: dos Bingos, caso Renan Calheiros, Apagão aéreo – com direito a declarações estrondosas como “relaxa e goza" da senhorita Marta Suplicy, enfim ...
Não é de hoje, que a sociedade brasileira se deixar enganar pelas falcatruas dos políticos e se firma cada vez mais, como um povo passivo e conformado.
Isso tudo sem haver nenhum tipo de manifestação popular a ponto de derrubar algum figurão. A questão social é vista como algo supérfluo. É preciso haver mudanças. Mais interesse nas questões sociais, mobilização por direitos da sociedade e não se limitar a uma vida passageira; não viver em uma letargia constante. Procurar ser uma ferramenta útil e revolucionária sem viver na inércia de um conformismo. A ditadura acabou; Os tempos mudaram; a tecnologia se renova a cada dia que passa, ao mesmo tempo nota-se a passividade do povo brasileiro. De duas, uma: Ou o brasileiro sofre as seqüelas de um governo ditatorial recente ou a ignorância aliada ao conformismo é o nosso forte.

Nenhum comentário: