A vida como ela é ...
Um dia desses estava eu esperando o ônibus fretado da faculdade e conversando com um amigo de classe. Quando me deparei com um senhor bem velhinho, com uma camiseta rasgada, suja, e uma calça que aparentava acabada pelo tempo de uso.
Carregava uma sacola pendurada no braço esquerdo que nem imagino o que podia estar dentro e apresentava um cansaço no semblante, com um tênis de cada cor e modelos diferentes.
Agora você que lê o meu texto deve estar se perguntando: mas e aí o que você quer dizer com isso? Aonde você quer chegar?
Pois é. O senhor, a quem me refiro, estava revirando um cesto de lixo que fica intacto nos pilares que sustentam a estrutura da passarela do metrô Barra Funda. Um movimento intenso de pessoas passando de volta para casa, depois de um dia de trabalho, Estava ele, no mesmo lugar, entre uma coisa e outra, ele consegue pegar um jornal todo amassado; com muito dificuldade, finalmente, abre o jornal.
Parei de conversar e fiquei olhando, admirado, pelo interesse na leitura que o senhor despertava. Deu uma folhada em algumas páginas, com uma certa dificuldade; fechou o jornal; colocou na sacola misteriosa e partiu seguindo o seu caminho que, talvez, seria uma ponte qualquer no centro de São Paulo.
Ao parar para pensar sobre a atitude do velhinho, e imaginar que o destino dele talvez fosse um viaduto da cidade, cheguei à conclusão que além do viaduto se transformar para os moradores de rua em um abrigo, e de certa forma, um eterno monumento para lembrar o que esta cidade faz com quem fracassou na vida, os lixos da cidade se tornam aliados nessa busca de vencer a monotonia que a vida lhe impôs.
Um dia desses estava eu esperando o ônibus fretado da faculdade e conversando com um amigo de classe. Quando me deparei com um senhor bem velhinho, com uma camiseta rasgada, suja, e uma calça que aparentava acabada pelo tempo de uso.
Carregava uma sacola pendurada no braço esquerdo que nem imagino o que podia estar dentro e apresentava um cansaço no semblante, com um tênis de cada cor e modelos diferentes.
Agora você que lê o meu texto deve estar se perguntando: mas e aí o que você quer dizer com isso? Aonde você quer chegar?
Pois é. O senhor, a quem me refiro, estava revirando um cesto de lixo que fica intacto nos pilares que sustentam a estrutura da passarela do metrô Barra Funda. Um movimento intenso de pessoas passando de volta para casa, depois de um dia de trabalho, Estava ele, no mesmo lugar, entre uma coisa e outra, ele consegue pegar um jornal todo amassado; com muito dificuldade, finalmente, abre o jornal.
Parei de conversar e fiquei olhando, admirado, pelo interesse na leitura que o senhor despertava. Deu uma folhada em algumas páginas, com uma certa dificuldade; fechou o jornal; colocou na sacola misteriosa e partiu seguindo o seu caminho que, talvez, seria uma ponte qualquer no centro de São Paulo.
Ao parar para pensar sobre a atitude do velhinho, e imaginar que o destino dele talvez fosse um viaduto da cidade, cheguei à conclusão que além do viaduto se transformar para os moradores de rua em um abrigo, e de certa forma, um eterno monumento para lembrar o que esta cidade faz com quem fracassou na vida, os lixos da cidade se tornam aliados nessa busca de vencer a monotonia que a vida lhe impôs.
2 comentários:
Bom texto Danilo. É de se pensar na situação em que muitas pessoas vivem no Brasil e muita gente não está nem ai.
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